Clima favorável e o projeto ousado da Vinícola Brasília têm tudo para atrair turistas e projetar vinhos de alta qualidade no Brasil e no exterior
Visita técnica ao projeto da Vinícola Brasília. Foto: Cláudio Gerber/Setur-DF
Quem poderia dizer que o Planalto Central, que foi escolhido para abrigar a capital federal há 61 anos, poderia também se tornar uma das melhores regiões produtoras de vinho de alta qualidade? O feito tem dois ingredientes: clima propício e vontade de fazer. O sonho começou quando dez amigos agricultores decidiram entrar na vitivinicultura para competir com as melhores vinícolas do Brasil e do mundo. Esse sonho ganhou força e robustez com a criação, em maio deste ano, de um Grupo de Trabalho (GT) formado por 22 entidades e coordenado pela Secretaria de Turismo do DF (Setur-DF) e pela Superintendência Federal de Agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/Mapa).
O GT do Enoturismo tem como meta inserir a Vinícola Brasília na rota do enoturismo nacional e internacional. Fazendo parte das atividades, a Setur-DF e a SFA coordenaram uma visita técnica, nessa terça-feira (8), aos empreendimentos vitivinicultores que integram a vinícola, localizada no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF). O encontro com os empresários fez parte de uma extensa agenda criada para estruturar e fortalecer o enoturismo na região.
Participaram da agenda de trabalho representantes dos órgãos do GT e sócios de alguns dos empreendimentos que formam a Vinícola Brasília, entre eles a Villa Triacca Pousada e Vinhos, Ercoara Cordeiro e Vinho, Oma Sena, Casa Vitor, Vinícola Marchese e Horus Vinhos e Vinhedos. Também acompanharam a visita o presidente do Sindicato de Turismo Rural e Ecoturismo do DF e Entorno, Fernando Mesquita; o presidente da Associação Comercial do DF, Fernando Brites, e o administrador de Planaltina, Célio Rodrigues.
A secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, que coordenou a reunião, destacou que o enoturismo no DF vai se tornar uma realidade, pois a união da iniciativa privada e de órgãos distritais e federais é imbatível. “O nosso governo é de ação e o momento agora é de agir. Esse grupo de dez empresários começou do zero, acreditou. Nossa missão agora é unir forças, estruturar, qualificar e promover o enoturismo do DF, que é um segmento muito forte dentro do turismo mundial. Vamos transformar Brasília também como a capital do enoturismo do Brasil”, afirmou a secretária.
Secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, durante visita técnica aos vinhedos do PAD-DF. Foto: Aurélio Pereira/Setur-DF
Cada empreendimento que compõe o projeto está se estruturando para colocar a região no roteiro do enoturismo nacional e internacional. O segmento, no entanto, está sendo projetado para ser o guarda-chuva para a oferta de outros produtos, como ecoturismo, turismo rural, gastronômico, turismo de contemplação e artesanato. De acordo com a vocação de cada propriedade, os empresários estão se organizando para oferecer experiências múltiplas em suas fazendas.
Rota dos Vinhedos
O proprietário da Villa Triacca Pousada e Vinhos, Ronaldo Triacca, falou que agora é o momento de planejar e dar corpo ao projeto do enoturismo, que já está se estruturando pelas mãos dos empreendedores da Vinícola Brasília. “O trabalho que está sendo liderado pela Setur-DF e pela SFA, juntamente com as outras 20 entidades, vai permitir que, ao lançarmos a Rota dos Vinhedos, nós, empresários, já estejamos organizados e estruturados. Os amantes do vinho chegarão aqui e vão se surpreender com a qualidade das bebidas e da estrutura que vão encontrar. O trabalho conjunto visa nos colocarmos como umas melhores vinícolas do mundo”, garantiu o empresário.
Segundo o presidente da Associação Comercial do DF, Fernando Brites, precisaram passar 60 anos para a Secretaria de Turismo descobrir o turismo da capital e mostrar o potencial dos vários segmentos locais. “Os vinhedos representam um grande mercado turístico no mundo inteiro. O trabalho da Vanessa Mendonça está viabilizando a estruturação desse sonho e de um setor que gera emprego”, considerou Fernando Brites.
Grupo de Trabalho